Moagem deve ficar entre 610 e 630 m/t na safra 2016/17, afirma Datagro

O Presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari, divulgou nesta quinta-feira à tarde a previsão da empresa para a safra 2016/17 em uma coletiva de imprensa realizada em São Paulo. Segundo a estimativa da consultoria, as unidades do país devem moer de 610 a 630 milhões de toneladas de cana na próxima safra, que se inicia oficialmente em abril. A produção de açúcar deve ficar entre 33,5 a 34,5 milhões de toneladas e a de etanol, de 28 a 28,6 bilhões de litros. Nastari disse ainda que a safra 2016/17 terá de 35 a 37 milhões de toneladas de casa bisada no Centro/Sul devido às chuvas. Só para ter uma ideia, um levantamento feito pela consultoria mostrou que até o dia 31 de dezembro de 2015, as usinas perderam 49,5 dias de moagem por causa do tempo, contra 41,7 do ano retrasado. "Por isso, na próxima safra, o canavial deve ser mais envelhecido. A taxa de renovação da safra 2015/16 deve ficar entre 14 e 15%. Apesar disso, o fenômeno climático El Ninõ deve cessar em agosto deste ano, o que possibilita uma curva de ATR mais estável e o melhor aproveitamento de tempo das usinas no segundo semestre", explicou o Presidente. Safra 2015/16 Segundo a Datagro, 45 unidades produtoras no C/S ainda estão moendo agora em janeiro, isso devido ao período extenso de chuvas. No acumulado até o dia 16 de dezembro de 2015, a moagem chegou a 581 milhões de toneladas de cana. A estimativa da consultoria é que na segunda quinzena do mês passado, a quantidade de canaesmagada tenha ficado entre 12 a 13 milhões de toneladas. Uma safra mais alcooleira, como já se havia previsto, já que 58,89% do ATR da cana foi destinado para a produção de etanol. De acordo com a Datagro, o consumo de hidratadoaumentou 40,1% de janeiro a novembro de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. Produzindo menos açúcar, as exportações da commodity foram a menor em cinco anos: 24 bilhões de toneladas, o que contribuiu para aumentar o déficit mundial de açúcar, agora em 3,87 milhões de toneladas. "Para a safra 2016/17, há perspectivas de aumento nas exportações da commodity brasileira para a China, já que haverá uma queda de produção no país asiático", concluiu Nastari.